impacto da alimentação na saúde da tireoide

Impacto da nossa alimentação na saúde da nossa tireoide

Você sabia que nossa alimentação pode impactar diretamente na saúde da tireoide e no funcionamento dela?

Alimentos como a soja, açúcar, farinhas refinadas, alimentos industrializados e alguns vegetais, como brócolis e couve-flor, quando consumidos de forma excessiva podem prejudicar o funcionamento da tireoide. 

Por isso é muito importante manter uma dieta balanceada com alimentos que sejam fonte de fibras, iodo, selênio, zinco, cobre, que são os nutrientes necessários para o bom funcionamento e que podem ser facilmente encontrado em alimentos como peixes, frutos do mar, cereais integrais, ovos e frutas.

Vale ressaltar que, caso você tenha alguma doença na glândula, nenhum alimento substitui o uso dos medicamentos prescritos pelo especialista.

Alguns alimentos que, quando consumidos em excesso e por muito tempo podem prejudicar a sua tireoide são:

Alimentos industrializados: alimentos como carnes defumadas, molhos prontos, sorvetes e salgadinhos, contêm alguns conservantes que atrapalham a absorção do mineral do iodo pela tireoide que podem causar o hipotireoidismo. Além de, esses conservantes podem causar alterações mais graves, levando também ao câncer.

Farinha e açúcar refinado: o consumo exagerado de açúcar principalmente encontrado nos doces, sorvetes e bolos e as farinhas encontradas em pães, arroz e macarrão, podem causar  a resistência à insulina e levar a diabetes.

Soja e derivados: a soja e os seus derivados, como o tofu, leite de soja entre outros são fontes de nutrientes que podem desempenhar funções semelhantes ao estrógeno. Mas caso consumidos em excesso pode causar hipotireoidismo.

Vegetais crucíferos: brócolis, repolho, couve de bruxelas entre outros vegetais, são ricos em antioxidantes e previnem inúmeras doenças. Porém, esses alimentos contém glucosinolatos, compostos que diminuem a produção de hormônios da tireoide, e também podem causar hipotireoidismo.

Procure um médico especialista para te auxiliar e melhorar a sua alimentação, pois ela também pode impactar diretamente a saúde da sua tireoide.

E lembre-se: mantenha seus exames de rotina e cuide da sua saúde!

Resultado da punção de tireoide

Resultado da Punção de Tireóide: Entenda as classes

Resultado da Punção de Tireóide: Entenda as classes

Com o objetivo de padronizar os resultados das punções de tireóide que eram realizadas nos nódulos tireoidianos, o NCI (National Cancer Institute), promoveu uma conferência multidisciplinar em 2007 a fim de se discutir a classificação das punções aspirativas de tireóide. O resultado dessa reunião foi a publicação do Sistema Bethesda para Laudos Citopatológicos de tireóide. Este sistema prevê a classificação das amostras em seis classes:

Classe 1 – Amostra não diagnóstica;

Material não suficiente para preencher os critérios de representatividade do parênquima tireoidiano. O procedimento deve ser refeito, porém, há possibilidade de o material ser insuficiente novamente.

Classe 2 – Benigno;

Benigno. Neste caso o risco de malignidade varia de 0 a 3%.

Classe 3 – Atipia de significado indeterminado / lesão folicular de significado indeterminado;

O termo indeterminado traduz uma incerteza se a lesão é maligna ou benigna e é resultado da limitação intrínseca do método citopatológico. Risco de malignidade entre 5 e 15%. A recomendação atual nestes casos, é repetir a punção de 3 a 6 meses.

Classe 4 – Suspeito de neoplasia folicular;

Da mesma forma que na classe III, há a incerteza se a lesão é maligna ou benigna, porém, o risco de malignidade é maior, variando de 15 a 30%. Devido maior risco de malignidade, geralmente optamos por indicar cirurgia frente este resultado.

Classe 5 – Suspeito de malignidade;

Uma amostra é considerada suspeita de malignidade quando algumas características de malignidade estão presentes, mas os achados não são suficientes para um diagnóstico conclusivo. O risco de malignidade para esta categoria é de 60-75%.

Classe 6 – Maligno.

Todos os critérios para malignidade são preenchidos. O risco de malignidade nesta situação é de 97 a 99%.

Cada caso apresentado é analisado com a história clínica do paciente, juntamente com as características dos exames, e, assim, seu tratamento é tomado sempre de forma individual e personalizada.

Tem alguma dúvida ou se identificou com os sintomas? Ligue para (11) 4314-6900 durante o horário comercial e agende a sua consulta com o Dr. Rafael De Cicco.

iodoterapia

Iodoterapia para câncer de tireóide: Conheça indicações, riscos e cuidados

Iodoterapia para câncer de tireóide: Conheça indicações, riscos e cuidados

Após o tratamento cirúrgico dos tumores malignos de tireóide, em alguns casos está indicado a complementação do tratamento, com um procedimento chamado iodoterapia ou radioiodoterapia.

Indicações da Iodoterapia

Este tratamento é indicado para a ablação de tecido de tireoide remanescente da cirurgia ou para tratar o câncer de tireoide que se disseminou para os gânglios linfáticos ou outros órgãos.

Atualmente a iodoterapia tem recebido indicações mais restritas, em menos casos. Mais evidências têm demonstrado que não são todos os pacientes que se beneficiam deste tratamento, e que o mesmo não é isento de riscos ou complicações.

A iodoterapia é amplamente indicada para pacientes com câncer de tireoide papilar ou folicular (câncer diferenciado da tireóide) classificados como moderado ou alto risco para recorrência, com base em critérios estabelecidos antes e após a cirurgia (idade, tamanho do tumor, metástases, entre outros). Mas, não é utilizada para tratar carcinomas anaplásicos e medulares da tireoide, porque estes tipos de câncer não captam iodo.

Cuidados e preparos da Iodoterapia

Existe um certo preparo para realização da Iodoterapia. Deve-se manter uma dieta pobre em iodo durante cerca de 2 semanas antes do tratamento. Isso significa evitar os alimentos que contêm sal iodado e corante vermelho, assim como produtos lácteos, ovos, marisco e soja.

O tratamento é mais eficaz em pacientes com níveis altos de hormônio estimulante da tireóide (TSH>30) no sangue. Essa substância estimula o tecido da tireoide (e também as células tumorais) a absorver o iodo radioativo. Se a tireoide foi removida, uma maneira de elevar os níveis de TSH é não administrar hormônios em comprimidos durante algumas semanas. Isso causa uma diminuição do nível de hormônios da tireoide (uma condição conhecida como hipotireoidismo), que por sua vez faz com que a hipófise libere mais TSH.

Este hipotireoidismo intencional é temporário, mas muitas vezes provoca sintomas como cansaço, depressão, ganho de peso, constipação, dores musculares e concentração reduzida. Outra forma de aumentar os níveis do TSH antes da radioiodoterapia é administrar uma forma injetável de TSH recombinante, conhecido como Thyrogen. Este medicamento é administrado injetável durante 2 dias seguidos, fazendo-se a radioiodoterapia no 3º dia.

Riscos da Iodoterapia

Apesar da eficácia no auxílio do tratamento do câncer de tireóide bem diferenciado, o tratamento como iodoterapia não é isento de riscos. Existem relatos de diversos sintomas após o tratamento.

Os efeitos colaterais a curto prazo podem incluir:

  • Sensibilidade no pescoço;
  • Náuseas e vômitos;
  • Inchaço e sensibilidade nas glândulas salivares;
  • Boca seca;
  • Alterações no paladar.

O corpo emitirá radiação por algum tempo assim que iniciar a iodoterapia. Dependendo da dose de iodo radioativo administrada, pode ser necessária a internação (isolamento) do paciente, geralmente em um quarto especial para impedir que outras pessoas sejam expostas à radiação. Alguns pacientes podem não necessitar de internação hospitalar. Ao receber alta após o tratamento, o paciente receberá instruções sobre como evitar que outras pessoas sejam expostas à radiação e por quanto tempo essas precauções devem ser tomadas. Essas instruções podem variar um pouco de um hospital para outro. Certifique-se de entende-las antes de ir para casa e se persistirem dúvidas pergunte a sua equipe médica.

Mascar chiclete ou chupar balas duras podem ajudar com problemas nas glândulas salivares. O tratamento com iodo radioativo também reduz a formação de lágrimas em alguns pacientes, secando os olhos. Se usar lentes de contato, pergunte ao seu médico quanto tempo você deve evitar seu uso.

Efeitos colaterais da Iodoterapia em homens e mulheres

Os homens que recebem grandes doses totais em função de muitos tratamentos com iodo radioativo podem ter uma diminuição da produção de esperma ou, raramente, tornam-se inférteis. O iodo radioativo também pode afetar os ovários da mulher, e algumas mulheres podem ter menstruações irregulares por até um ano após o tratamento.

Muitos médicos recomendam que as mulheres evitem engravidar no período de 6 meses a um ano após o tratamento. Não foram observados efeitos adversos em crianças nascidas de pais que receberam iodo radioativo no passado.

Tanto os homens como as mulheres que fizeram radioiodoterapia podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver leucemia no futuro. Os médicos discordam sobre exatamente de quanto este risco é aumentado, mas a maioria dos estudos mostraram que esta é uma complicação extremamente rara. Algumas pesquisas até sugerem que o risco de leucemia não pode ser significativamente aumentado.

Converse com seu médico se você tiver qualquer dúvida sobre os possíveis riscos e benefícios do tratamento.

lugol para tireoide

O uso de Lugol para Tireóide previne doenças tireoidianas?

O uso de Lugol para Tireóide previne doenças tireoidianas?

Muito se diz e propaga a respeito do uso do lugol para tireóide, que é uma suplementação de iodo, para tratamento de doenças tireoidianas. Algumas pessoas alegam inclusive que o uso do lugol não é estimulado como deveria pela medicina tradicional, o que causaria maior número de doenças da tireóide.

Infelizmente, na contramão da ciência, algumas pessoas estimulam o uso do iodo para prevenir doenças tireoidianas. Vamos aos fatos:

O iodo é considerado um micronutriente com distribuição variável na crosta terrestre. Isto quer dizer que em algumas regiões geográficas, especialmente áreas montanhosas e regiões afastadas do litoral, podem ser carentes de iodo.

  • Nossa tireoide usa cerca de 52 mcg (1000 mcg equivalem a 1 mg) de iodo todos os dias para fabricar o T4 (65% do peso em iodo) e o T3 (59% do peso em iodo).
  • Para garantir o aporte correto deste nutriente, é recomendada uma ingestão diária de iodo de 150 mcg para adultos, 220 mcg para gestantes, 290 mcg para mulheres amamentando e 90-120 mcg para crianças de 1 a 13 anos de idade.
  • Em nosso meio, a principal fonte de iodo é o sal de cozinha. No Brasil, por lei, cada quilo de sal possui de 15 a 45 mg de iodo. Esse valor foi ajustado no ano de 2013 (antes, cada quilo de sal tinha de 20 a 60 mg de iodo), após estudos em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectou ingestão excessiva deste micronutriente no nosso país.
  • Além do sal de cozinha, o iodo também pode ser encontrado em frutos do mar, em algas e em alguns medicamentos como a amiodarona, por exemplo.

Suplementos a base de iodo como a solução de Lugol e a SSKI possuem quantidades astronômicas de iodo! Enquanto uma gota de Lugol tem 6,35 mg, uma gota de SSKI tem 38,5 mg de iodo. Ou seja, uma gota de Lugol possui 42 vezes mais iodo do que o recomendado  e uma gota de SSKI, 256 vezes.

Por que a tireóide pode ficar doente com o excesso de iodo?

Um dos motivos de não necessitarmos de tanto iodo é a autorregulação tireoidiana. Graças a este mecanismo, a tireoide consegue manter a produção de hormônio na medida certa se não houver carência grave de iodo ou doença na glândula. As células da tireoide quando expostas a grande quantidade de iodo param de captá-lo e diminuem a produção de hormônio. É o efeito Wolff-Chaikoff. Dentro de algumas semanas, em pessoas saudáveis, há um escape e a tireoide retorna a captação do iodo para manter a produção de hormônio constante. Em outras palavras, não adianta fornecer iodo demais. A tireoide usa até um limite e o excesso é ignorado, a menos que haja problemas com ela.

Em pessoas com doença na tireoide, mesmo que não diagnosticada, o excesso de iodo é capaz de causar problemas. Quando há bócio endêmico ou nódulos autônomos, o excesso de iodo ofertado é captado e transformado em mais hormônio. Nesses casos, a pessoa que ingeriu iodo excesso desenvolve HIPERtireoidismo. Além disso, em alguns casos, dependendo da quantidade de iodo a que a tireoide foi exposta, pode haver dificuldades no diagnóstico preciso, já que o excesso de iodo pode interferir na correta interpretação de exames como a cintilografia, por exemplo. O quadro de hipertireoidismo induzido por iodo costuma durar de 1 até 18 meses e o tratamento consiste em evitar a ingestão de mais iodo, tratar os sintomas e a doença tireoidiana de base. Por fim, idosos apresentam risco maior de HIPERtireoidismo induzido pelo iodo pois frequentemente possuem nódulos ou disfunções tireoidianas assintomáticas.

Pessoas com tireoidite crônica ou de Hashimoto, especialmente se não tiverem diagnóstico, com história de tratamento com iodo radioativo no passado ou de cirurgia na tireoide, além dos pacientes com tireoidites silenciosa, subaguda ou pós-parto, podem desenvolver HIPOtireoidismo quando expostos a excesso de iodo. Estes pacientes, diferentemente das pessoas saudáveis, não conseguem escapar do efeito Wolff-Chaikoff. Isto é, o excesso de iodo acaba por inibir a produção de hormônio por parte da tireoide. Mulheres grávidas devem ter cuidado redobrado, já que o iodo atravessa a placenta com facilidade, e o excesso pode inibir a tireoide do bebê. Felizmente, o HIPOtireoidismo nestes casos costuma ter resolução rápida após suspensão da exposição ao iodo, a não ser que já houvesse doença tireoidiana não diagnosticada antes do início da suplementação.

Diversos estudos populacionais mostram que o consumo excessivo de iodo pode causar problemas à saúde, especialmente hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto.

 

Fonte: Iodine-induced thyroid dysfunction – UpToDate OnLine

complicações da tireoidectomia

Quais são as Complicações da Tireoidectomia?

Quais são as Complicações da Tireoidectomia?

De uma forma geral as complicações da tireoidectomia são raras, mas algumas complicações podem ocorrer. Lembramos que toda cirurgia envolve risco de complicações, e as principais complicações relacionadas a este procedimento são as seguintes:

Hematoma

É uma complicação que pode por em risco a vida do paciente. Apesar da grande preocupação do médico para que não haja sangramento no pós-operatório, pode ocorrer um acúmulo de sangue no local operado (hematoma), podendo levar à dor e dificuldade de respirar. Esta é uma condição que tem de ser avaliada imediatamente pelo cirurgião, que pode até decidir reoperar, em caráter de urgência. Em alguns casos pode ser utilizado o dreno no pós operatório. Não utilizar o dreno não aumenta o risco de hematoma, estando a critério do cirurgião o seu uso.

Alterações da Voz

Um em cada 10 pacientes que são operados da glândula tireóide, apresenta alguma alteração temporária na voz, enquanto que 1 em cada 250 paciente, pode evoluir com alterações definitivas. Isto ocorre devido à proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar. Normalmente regridem em algumas semanas, mas podem perdurar por vários meses. A reabilitação vocal ocorre através da terapia fonoaudiológica.

Hipocalcemia

Junto à glândula tireóide, existem as glândulas paratireóides, que em geral são em número de 4. Elas são responsáveis pela produção de um hormônio (PTH) que regula o nível de cálcio no sangue. Após uma tireoidectomia, pode haver uma diminuição temporária ou definitiva da função destas glândulas, levando à queda dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia). Felizmente, é muito raro ocorrer uma deficiência definitiva na função que é chamada de hipoparatireoidismo definitivo e quase sempre está associada com a tireoidectomia total. O paciente pode apresentar sintomas como:

  • formigamentos nas mãos;
  • formigamentos nos pés;
  • formigamentos ao redor dos lábios e nas orelhas;
  • podem evoluir para câimbras.

O tratamento consiste em receber grandes doses de cálcio e Vitamina D. Raramente estes sintomas ocorrem em tireoidectomias parciais.

Cicatriz

Todo corte sobre a pele produz uma cicatriz. Contudo, dificilmente as cicatrizes de tireoidectomia produzem marcas com mau resultado estético, pelo contrário, são normalmente discretas. O tamanho da incisão cirúrgica varia de 3 a 15 cm, dependendo do tamanho da tireóide, aspectos anatômicos do paciente, tipo de cirurgia e da experiência do cirurgião em realizar incisões pequenas.

As cicatrizes hipertróficas (popularmente chamadas de quelóides) são cicatrizes mais grossas, endurecidas e avermelhadas. Fatores como predisposição racial (no caso dos japoneses, por exemplo), localização no corpo (tórax), complicações na ferida cirúrgica (infecções) e aspectos técnicos cirúrgicos estão relacionados com este tipo de complicação. A exposição solar deve ser evitada diretamente sobre a cicatriz, por um período de até 4 meses após a cirurgia. É recomendável o uso de protetores solares (Mínimo FPS 30), com o objetivo de chegar a um melhor resultado estético da cicatriz.

Tem alguma dúvida ou se identificou com os sintomas? Ligue para (11) 4314-6900 durante o horário comercial e agende a sua consulta com o Dr. Rafael De Cicco.

Complicações da cirurgia da Tireóide – Parte 1

De uma forma geral, a cirurgia de tireóide evolui bem, com raras complicações, mas algumas complicações podem ocorrer.
Lembramos que toda cirurgia envolve risco de complicações, e as principais complicações relacionadas a este procedimento são as seguintes:

  • Hematoma

É uma complicação que pode por em risco a vida do paciente. Apesar da grande preocupação do médico para que não haja sangramento no pós-operatório, pode ocorrer um acúmulo de sangue no local operado (hematoma), podendo levar à dor e dificuldade de respirar. Esta é uma condição que tem de ser avaliada imediatamente pelo cirurgião, que pode até decidir reoperar, em caráter de urgência. Em alguns casos pode ser utilizado o dreno no pós operatório. Não utilizar o dreno não aumenta o risco de hematoma, estando a critério do cirurgião o seu uso.

  • Alterações da Voz

Um em cada 10 pacientes que são operados da glândula tireóide, apresenta alguma alteração temporária na voz, enquanto que 1 em cada 250 paciente, pode evoluir com alterações definitivas. Isto ocorre devido à proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar. Normalmente regridem em algumas semanas, mas podem perdurar por vários meses. A reabilitação vocal ocorre através da terapia fonoaudiológica.

 

Clique aqui para conferir a segunda parte do artigo, onde citei outras duas complicações da cirurgia de tireóide.

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O que é a Punção de Tireóide?

A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de nódulos de tireóide, é um procedimento bastante comum em nosso meio para auxiliar no diagnóstico dos nódulos tireoidianos.

Na Punção Biópsia Aspirativa com Agulha Fina (PAAF), uma agulha fina é inserida dentro da glândula tireoidiana, guiada por ultrassonografia, que garante que a agulha entrou no nódulo, aspirando ou succionando células e/ou liquido de nódulos tireoidianos ou massas para dentro da agulha. A amostra obtida é então avaliada para excluir ou afirmar a presença de células malignas ou suspeitas.

A PAAF é um procedimento relativamente tranquilo, realizado em ambiente ambulatorial, sem anestesia ou com anestesia local. Não precisa de sedação ou até mesmo internação em ambiente hospitalar para ser realizada. Não necessita de qualquer preparo específico para o exame.

Como possíveis complicações podem ocorrer os sangramentos, que são autolimitados, sem necessidade de nenhuma intervenção adicional, e a dor local, que é controlada com analgésicos após o procedimento.

Importante ressaltar que nem todos os nódulos precisam ser puncionados. Nódulos pequenos, geralmente menores que 1 cm a 1,5 cm, que não tenham características suspeitas ao ultrassom, podem perfeitamente ser acompanhados por exame periódico.

Já pacientes com história familiar, presença de características suspeitas ao exame de ultrassonografia, crescimento nodular, histórico de tratamento com radiação em altas doses no pescoço, devem ter a necessidade de punção da tireóide considerada.

Curta a página para receber o próximo post, onde discutiremos a respeito dos resultados possíveis das punções.

 

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A glândula Tireóide Engorda?

Normalmente as pessoas acreditam que quem tem doenças de tireóide ganham massa. Isso nem sempre é uma verdade. De maneira geral, portadores de hipotireoidismo tendem a ganhar massa, e portadores de hipertireoidismo tendem a perdê-la devido às alterações das taxas de metabolismo corpóreo que essas doenças causam. Porém, há diversos graus de alterações da produção de hormônios, que nem sempre refletem no peso do indivíduo. Pacientes com hipotireoidismo discreto podem não perder massa, e pacientes com hipertireoidismo podem ter grande aumento do apetite, vindo até a ganhar massa.

Além disso, desde que não haja interferência na produção de hormônios, a presença de nódulos não causa alterações de massa. E quando o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo estiverem tratados, o peso tende a se estabilizar. Assim, indivíduos submetidos à tireoidectomias (cirurgias de remoção parcial ou total da tireóide), não necessariamente irão ganhar massa, uma vez que terão controle hormonal adequado com o acompanhamento médico.

Apesar de a obesidade ser uma doença muito frequente na população, e nem sempre está relacionada a problemas de tireóide, indivíduos que têm grandes ganhos ou grandes perdas de massa devem procurar atendimento médico especializado para investigar eventuais doenças da tireóide.