Nódulo na Tireoide é Perigoso

Nódulo na Tireoide é Perigoso? Descubra os Tipos

Nódulo na Tireoide é Perigoso? Descubra os Tipos

Os distúrbios da tireoide já atingem mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo. Os nódulos são os mais comuns, mas também os que mais causam problemas devido a falta de informação da população. Se você está buscando saber se um nódulo da tireoide é perigoso, confira este artigo e descubra.

Os tipos de nódulo na tireoide

Antes de saber se um nódulo na tireoide é perigoso e quais são seus tipos, primeiro é preciso compreender o que ele é essencialmente. Um nódulo não significa nada além de um aglomerado de células que se desenvolveu e cresceu em uma determinada região. A priori, não é preciso alarde, e sim atenção.

Existem vários tipos de nódulos, mas vamos citar e explicar um pouco mais sobre os mais comuns.

  • nódulo colóide — tumor benigno formado pelo mesmo tecido da própria tireoide;
  • adenoma folicular — tumor benigno que pode vir a produzir hormônios da tireoide;
  • nódulo inflamatório — nódulo que se desenvolve a partir de uma inflamação na tireoide;
  • cisto da tireoide — nódulos que tem líquido em seu interior;
  • câncer de tireoide.

Vale frisar que a maior parte dos nódulos são tumores benignos.

Afinal, nódulo na tireoide é perigoso?

A única maneira de saber se um nódulo na tireoide é perigoso é por meio de um diagnóstico médico. Portanto, se você acredita estar com algum dos sintomas, procure um especialista. É preciso realizar exames para compreender a sua real gravidade. Em um primeiro momento, sua existência pode ser identificada tanto por meio do exame físico, quanto de imagem.

É por meio de uma ultrassonografia que pode-se avaliar a aparência de um nódulo, uma das maneiras de identificar se é benigno ou maligno. Porém, confirmação de uma suspeita de câncer, por exemplo, vem apenas por meio de uma punção ou biópsia.

O tratamento indicado dependerá diretamente do tipo de nódulo que foi encontrado. Se houver certeza de que não é maligno e os hormônios estiverem sendo secretados de maneira correta, não haverá a necessidade de remoção por meio de cirurgia (tireoidectomia), por exemplo. É preciso avaliar cada caso para ser possível tirar uma conclusão assertiva.

lugol para tireoide

O uso de Lugol para Tireóide previne doenças tireoidianas?

O uso de Lugol para Tireóide previne doenças tireoidianas?

Muito se diz e propaga a respeito do uso do lugol para tireóide, que é uma suplementação de iodo, para tratamento de doenças tireoidianas. Algumas pessoas alegam inclusive que o uso do lugol não é estimulado como deveria pela medicina tradicional, o que causaria maior número de doenças da tireóide.

Infelizmente, na contramão da ciência, algumas pessoas estimulam o uso do iodo para prevenir doenças tireoidianas. Vamos aos fatos:

O iodo é considerado um micronutriente com distribuição variável na crosta terrestre. Isto quer dizer que em algumas regiões geográficas, especialmente áreas montanhosas e regiões afastadas do litoral, podem ser carentes de iodo.

  • Nossa tireoide usa cerca de 52 mcg (1000 mcg equivalem a 1 mg) de iodo todos os dias para fabricar o T4 (65% do peso em iodo) e o T3 (59% do peso em iodo).
  • Para garantir o aporte correto deste nutriente, é recomendada uma ingestão diária de iodo de 150 mcg para adultos, 220 mcg para gestantes, 290 mcg para mulheres amamentando e 90-120 mcg para crianças de 1 a 13 anos de idade.
  • Em nosso meio, a principal fonte de iodo é o sal de cozinha. No Brasil, por lei, cada quilo de sal possui de 15 a 45 mg de iodo. Esse valor foi ajustado no ano de 2013 (antes, cada quilo de sal tinha de 20 a 60 mg de iodo), após estudos em que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectou ingestão excessiva deste micronutriente no nosso país.
  • Além do sal de cozinha, o iodo também pode ser encontrado em frutos do mar, em algas e em alguns medicamentos como a amiodarona, por exemplo.

Suplementos a base de iodo como a solução de Lugol e a SSKI possuem quantidades astronômicas de iodo! Enquanto uma gota de Lugol tem 6,35 mg, uma gota de SSKI tem 38,5 mg de iodo. Ou seja, uma gota de Lugol possui 42 vezes mais iodo do que o recomendado  e uma gota de SSKI, 256 vezes.

Por que a tireóide pode ficar doente com o excesso de iodo?

Um dos motivos de não necessitarmos de tanto iodo é a autorregulação tireoidiana. Graças a este mecanismo, a tireoide consegue manter a produção de hormônio na medida certa se não houver carência grave de iodo ou doença na glândula. As células da tireoide quando expostas a grande quantidade de iodo param de captá-lo e diminuem a produção de hormônio. É o efeito Wolff-Chaikoff. Dentro de algumas semanas, em pessoas saudáveis, há um escape e a tireoide retorna a captação do iodo para manter a produção de hormônio constante. Em outras palavras, não adianta fornecer iodo demais. A tireoide usa até um limite e o excesso é ignorado, a menos que haja problemas com ela.

Em pessoas com doença na tireoide, mesmo que não diagnosticada, o excesso de iodo é capaz de causar problemas. Quando há bócio endêmico ou nódulos autônomos, o excesso de iodo ofertado é captado e transformado em mais hormônio. Nesses casos, a pessoa que ingeriu iodo excesso desenvolve HIPERtireoidismo. Além disso, em alguns casos, dependendo da quantidade de iodo a que a tireoide foi exposta, pode haver dificuldades no diagnóstico preciso, já que o excesso de iodo pode interferir na correta interpretação de exames como a cintilografia, por exemplo. O quadro de hipertireoidismo induzido por iodo costuma durar de 1 até 18 meses e o tratamento consiste em evitar a ingestão de mais iodo, tratar os sintomas e a doença tireoidiana de base. Por fim, idosos apresentam risco maior de HIPERtireoidismo induzido pelo iodo pois frequentemente possuem nódulos ou disfunções tireoidianas assintomáticas.

Pessoas com tireoidite crônica ou de Hashimoto, especialmente se não tiverem diagnóstico, com história de tratamento com iodo radioativo no passado ou de cirurgia na tireoide, além dos pacientes com tireoidites silenciosa, subaguda ou pós-parto, podem desenvolver HIPOtireoidismo quando expostos a excesso de iodo. Estes pacientes, diferentemente das pessoas saudáveis, não conseguem escapar do efeito Wolff-Chaikoff. Isto é, o excesso de iodo acaba por inibir a produção de hormônio por parte da tireoide. Mulheres grávidas devem ter cuidado redobrado, já que o iodo atravessa a placenta com facilidade, e o excesso pode inibir a tireoide do bebê. Felizmente, o HIPOtireoidismo nestes casos costuma ter resolução rápida após suspensão da exposição ao iodo, a não ser que já houvesse doença tireoidiana não diagnosticada antes do início da suplementação.

Diversos estudos populacionais mostram que o consumo excessivo de iodo pode causar problemas à saúde, especialmente hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto.

 

Fonte: Iodine-induced thyroid dysfunction – UpToDate OnLine

complicações da tireoidectomia

Quais são as Complicações da Tireoidectomia?

Quais são as Complicações da Tireoidectomia?

De uma forma geral as complicações da tireoidectomia são raras, mas algumas complicações podem ocorrer. Lembramos que toda cirurgia envolve risco de complicações, e as principais complicações relacionadas a este procedimento são as seguintes:

Hematoma

É uma complicação que pode por em risco a vida do paciente. Apesar da grande preocupação do médico para que não haja sangramento no pós-operatório, pode ocorrer um acúmulo de sangue no local operado (hematoma), podendo levar à dor e dificuldade de respirar. Esta é uma condição que tem de ser avaliada imediatamente pelo cirurgião, que pode até decidir reoperar, em caráter de urgência. Em alguns casos pode ser utilizado o dreno no pós operatório. Não utilizar o dreno não aumenta o risco de hematoma, estando a critério do cirurgião o seu uso.

Alterações da Voz

Um em cada 10 pacientes que são operados da glândula tireóide, apresenta alguma alteração temporária na voz, enquanto que 1 em cada 250 paciente, pode evoluir com alterações definitivas. Isto ocorre devido à proximidade da glândula com os nervos responsáveis pelos movimentos das cordas vocais. Estas mudanças na voz podem ser rouquidão, dificuldade em alcançar notas agudas ou cansaço ao falar. Normalmente regridem em algumas semanas, mas podem perdurar por vários meses. A reabilitação vocal ocorre através da terapia fonoaudiológica.

Hipocalcemia

Junto à glândula tireóide, existem as glândulas paratireóides, que em geral são em número de 4. Elas são responsáveis pela produção de um hormônio (PTH) que regula o nível de cálcio no sangue. Após uma tireoidectomia, pode haver uma diminuição temporária ou definitiva da função destas glândulas, levando à queda dos níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia). Felizmente, é muito raro ocorrer uma deficiência definitiva na função que é chamada de hipoparatireoidismo definitivo e quase sempre está associada com a tireoidectomia total. O paciente pode apresentar sintomas como:

  • formigamentos nas mãos;
  • formigamentos nos pés;
  • formigamentos ao redor dos lábios e nas orelhas;
  • podem evoluir para câimbras.

O tratamento consiste em receber grandes doses de cálcio e Vitamina D. Raramente estes sintomas ocorrem em tireoidectomias parciais.

Cicatriz

Todo corte sobre a pele produz uma cicatriz. Contudo, dificilmente as cicatrizes de tireoidectomia produzem marcas com mau resultado estético, pelo contrário, são normalmente discretas. O tamanho da incisão cirúrgica varia de 3 a 15 cm, dependendo do tamanho da tireóide, aspectos anatômicos do paciente, tipo de cirurgia e da experiência do cirurgião em realizar incisões pequenas.

As cicatrizes hipertróficas (popularmente chamadas de quelóides) são cicatrizes mais grossas, endurecidas e avermelhadas. Fatores como predisposição racial (no caso dos japoneses, por exemplo), localização no corpo (tórax), complicações na ferida cirúrgica (infecções) e aspectos técnicos cirúrgicos estão relacionados com este tipo de complicação. A exposição solar deve ser evitada diretamente sobre a cicatriz, por um período de até 4 meses após a cirurgia. É recomendável o uso de protetores solares (Mínimo FPS 30), com o objetivo de chegar a um melhor resultado estético da cicatriz.

Tem alguma dúvida ou se identificou com os sintomas? Ligue para (11) 4314-6900 durante o horário comercial e agende a sua consulta com o Dr. Rafael De Cicco.

exame de tireoide

Exame de tireóide: Tudo o que você precisa saber

Exame de Tireóide — Tudo o Que Você Precisa Saber

Os distúrbios da tireóide já afetam mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. Metade delas, na verdade, nem chega a tomar conhecimento da enfermidade, pois não é capaz de relacionar os sintomas com a disfunção da glândula. No Brasil, compreender a importância do exame de tireóide se faz extremamente urgente, visto que cerca de 15% da população sofre com seu mal funcionamento.

A importância do exame de tireóide

A tireóide é uma das maiores glândulas do corpo humano. Em formato de borboleta, está localizada logo abaixo de sua laringe. É ela que regula todo o seu metabolismo, além de agir na função de órgãos como cérebro, coração, fígado e rins. Ajuda a regular ciclos menstruais, auxilia no crescimento e desenvolvimento de crianças e até mesmo em seu humor, peso e concentração.

Essa glândula existe para garantir a harmonia e o equilíbrio de todo o seu organismo. O exame de tireóide é o único meio de compreender como anda um dos órgãos mais importantes de todo o corpo humano.

Conheça os principais exames de tireóide realizados para descobrir disfunções na glândula:

Testes laboratoriais — função tireoidiana

O exame de tireóide mais importante confere a dosagem dos hormônios TSH e T4. O TSH é produzido por seu cérebro para estimular o funcionamento da glândula, já o T4 é secretado por ela mesma. Um exame de sangue rápido é capaz de fornecer essas informações para auxiliar na hora do diagnóstico.

Ultrassom de tireóide

A ultrassonografia tem se mostrado cada vez mais importante em meio aos exames de tireóide já existentes. Um ultrassom consegue avaliar o tamanho da glândula, além de verificar a existência de lesões, nódulos, cistos, tumores e até mesmo bócio.

Cintilografia

Na cintilografia o paciente ingere medicamentos com propriedades radioativas. Dessa forma, torna-se possível captar imagens únicas e investigar as causas de hiper ou hipotireoidismo, além de avaliar nódulos com suspeita de câncer e inflamações.

Punção de tireóide

Essencial para descobrir se um nódulo é benigno ou maligno, a punção da tireóide consiste em aspirar células a partir de uma agulha fina.

Se estiver experimentando sintomas como perda de peso, fraqueza muscular, aumento do apetite, aumento da frequência cardíaca, sonolência ou aumento do volume do pescoço, não deixe para depois. Consulte um médico especialista.

O que é a Punção de Tireóide?

A punção aspirativa por agulha fina (PAAF) de nódulos de tireóide, é um procedimento bastante comum em nosso meio para auxiliar no diagnóstico dos nódulos tireoidianos.

Na Punção Biópsia Aspirativa com Agulha Fina (PAAF), uma agulha fina é inserida dentro da glândula tireoidiana, guiada por ultrassonografia, que garante que a agulha entrou no nódulo, aspirando ou succionando células e/ou liquido de nódulos tireoidianos ou massas para dentro da agulha. A amostra obtida é então avaliada para excluir ou afirmar a presença de células malignas ou suspeitas.

A PAAF é um procedimento relativamente tranquilo, realizado em ambiente ambulatorial, sem anestesia ou com anestesia local. Não precisa de sedação ou até mesmo internação em ambiente hospitalar para ser realizada. Não necessita de qualquer preparo específico para o exame.

Como possíveis complicações podem ocorrer os sangramentos, que são autolimitados, sem necessidade de nenhuma intervenção adicional, e a dor local, que é controlada com analgésicos após o procedimento.

Importante ressaltar que nem todos os nódulos precisam ser puncionados. Nódulos pequenos, geralmente menores que 1 cm a 1,5 cm, que não tenham características suspeitas ao ultrassom, podem perfeitamente ser acompanhados por exame periódico.

Já pacientes com história familiar, presença de características suspeitas ao exame de ultrassonografia, crescimento nodular, histórico de tratamento com radiação em altas doses no pescoço, devem ter a necessidade de punção da tireóide considerada.

Curta a página para receber o próximo post, onde discutiremos a respeito dos resultados possíveis das punções.

 

Tem alguma dúvida ou se identificou com os sintomas? Ligue para (11) 4314-6900 durante o horário comercial e agende a sua consulta com o Dr. Rafael De Cicco.

O que é o Hipertireoidismo?

O hipertireoidismo, ao contrário do hipotireoidismo, é o excesso da produção dos hormônios produzidos pela glândula tireóide: a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4).

Como outras doenças da tireoide, o hipertireoidismo é mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em qualquer indivíduo independente de gênero ou idade. É recomendado que as mulheres, especialmente acima de 40 anos, façam o auto-exame da tireoide regularmente. Isso é especialmente importante no hipertireoidismo, pois na maioria das vezes ocorre o aumento da glândula, sendo perceptível ao exame físico.

Independentemente da causa, os sintomas do hipertireoidismo são sempre causados pelo excesso de T4L circulante, o que é uma consequência comum, seja por problema central ou na própria tireoide.

O excesso de hormônio tireoidiano pode causar:

• Ansiedade e irritabilidade;
• Insônia;
• Perda de peso sem perda do apetite (às vezes há aumento do apetite);
• Taquicardia = aumento da frequência cardíaca acima dos 100 batimentos por minuto;
• Arritmias cardíacas;
• Tremores nas mãos;
• Retração das pálpebras;
• Suores e calor excessivo;
• Perda de força muscular;
• Diarreia ou aumento do número de evacuações;
• Diminuição ou cessação da menstruação;
Bócio.

A causa mais comum do hipertireoidismo é a Doença de Graves, que corresponde a uma doença de origem auto-imune, onde o corpo passa a produzir anticorpos contra a própria tireóide.

Além da doença de Graves, há também outras causas como a Doença de Plummer e outros bócios tóxicos.

O tratamento do hipertireoidismo é composto por três pilares principais: tratamento com drogas, radioterapia e cirurgia.

O melhor tratamento depende da causa do hipertireoidismo e das condições clínicas do paciente, sendo bastante individualizado de acordo com cada pessoa.

É importante ser avaliado tanto pelo endocrinologista quanto pelo cirurgião de cabeça e pescoço quanto as possibilidades de tratamento disponível.

 

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O que é o Hipotireoidismo e quais são os sintomas?

O hipotireoidismo é a deficiência dos hormônios produzidos pela glândula tireóide: a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4).
Como outras doenças da tireoide, o hipotireoidismo é mais comum em mulheres, mas pode ocorrer em qualquer indivíduo independente de gênero ou idade. É recomendado que as mulheres, especialmente acima de 40 anos, façam o auto-exame da tireoide regularmente.
As causas do hipotireoidismo podem ser o déficit de Iodo; as inflamações ou tireoidites, sendo a de Hashimoto a mais comum; o déficit de Hormônio estimulante da Tireóide (TSH); alterações pós-parto e má formação tireoidiana.
Entre os sintomas do hipotireoidismo estão:
• Depressão;
• Desaceleração dos batimentos cardíacos;
• Intestino preso;
• Menstruação irregular;
• Diminuição da memória;
• Cansaço excessivo;
• Dores musculares;
• Sonolência excessiva;
• Pele seca;
• Queda de cabelo;
• Ganho de peso;
• Aumento do colesterol no sangue.
Na maioria das vezes, o hipotireoidismo é causado por uma inflamação denominada Tireoidite de Hashimoto, uma disfunção autoimune. O hipotireoidismo também afeta recém-nascidos. Nesses casos, o problema é diagnosticado pelo conhecido “Teste do Pezinho” e o tratamento deve ser iniciado imediatamente.
As complicações causadas pelo hipotireoidismo são normalizadas por meio das prescrições do médico. O tratamento é a reposição do hormônio tireoidiano. A dose prescrita é avaliada individualmente em cada paciente através de exames de sangue.

 

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A glândula Tireóide Engorda?

Normalmente as pessoas acreditam que quem tem doenças de tireóide ganham massa. Isso nem sempre é uma verdade. De maneira geral, portadores de hipotireoidismo tendem a ganhar massa, e portadores de hipertireoidismo tendem a perdê-la devido às alterações das taxas de metabolismo corpóreo que essas doenças causam. Porém, há diversos graus de alterações da produção de hormônios, que nem sempre refletem no peso do indivíduo. Pacientes com hipotireoidismo discreto podem não perder massa, e pacientes com hipertireoidismo podem ter grande aumento do apetite, vindo até a ganhar massa.

Além disso, desde que não haja interferência na produção de hormônios, a presença de nódulos não causa alterações de massa. E quando o hipotireoidismo ou o hipertireoidismo estiverem tratados, o peso tende a se estabilizar. Assim, indivíduos submetidos à tireoidectomias (cirurgias de remoção parcial ou total da tireóide), não necessariamente irão ganhar massa, uma vez que terão controle hormonal adequado com o acompanhamento médico.

Apesar de a obesidade ser uma doença muito frequente na população, e nem sempre está relacionada a problemas de tireóide, indivíduos que têm grandes ganhos ou grandes perdas de massa devem procurar atendimento médico especializado para investigar eventuais doenças da tireóide.

O que é Nódulo de Tireóide?

Um nódulo de tireoide é uma massa de tecido tireoidiano que cresceu ou um cisto cheio de líquido que se forma na tireoide. Nódulos são muito comuns. As chances de desenvolver nódulos aumentam conforme envelhecemos. Embora os sintomas não sejam comuns, um nódulo grande (maior que 3-4 cm) pode, às vezes, causar dor, rouquidão ou atrapalhar a engolir ou respirar.

A chance do nódulo de tireoide ser maligno é de cerca de 10%, portanto 90% dos nódulos são benignos. Por isso a necessidade de acompanhamento e investigação desses nódulos, assim que diagnosticados.

A maioria dos nódulos da tireoide são encontrados durante um exame físico de rotina. Depois de um nódulo ser encontrado, o médico realizará testes de laboratório para saber sobre a função tireoidiana. Outros exames que são normalmente solicitados para melhor avaliação dos nódulos de tireoide são:

-Ultrassonografia da tireoide;
-Punção aspirativa por agulha fina (PAAF);
-Cintilografia da tireoide.

Dependendo do resultado dos exames e das características dos nódulos, pode ser indicada cirurgia ou somente acompanhamento periódico dos nódulos de tireoide.

A Tireóide e a Gravidez

A tireoide é uma glândula muito importante também na gestação, pois está relacionada a todas as etapas desta fase da vida da mulher, desde a evolução até o nascimento.

Os níveis dos hormônios da tireoide sofrem alterações fisiológicas durante a gestação. No primeiro trimestre ocorre um aumento na demanda da produção de hormônios tireoidianos. Apesar da tireóide se formar a partir da oitava semana de gestação, o feto ainda é dependente de hormônios tireoidianos maternos. Nesta etapa, ocorre o aumento da glândula em resposta ao aumento da demanda hormonal.

O hipotireoidismo gestacional pode causar abortamento e trazer alterações importantes no feto, como alterações de desenvolvimento mental.

A doença de Graves, que é uma afecção autoimune que causa aumento de produção de hormônios tireoidianos, é mais intensa no início da gestação e no pós-parto, sendo o tratamento medicamentoso mais recomendado, uma vez que a iodoterapia é contra-indicada durante o período gestacional.

No pós-parto, a gestante tem novamente chances de desenvolver distúrbios da tireoide. Portanto, o acompanhamento antes, durante e após a gravidez é fundamental.