Doença de Graves

A doença de Basedow – Graves, também denominada bócio tóxico difuso ou somente por Doença de Graves, é uma doença autoimune que afeta a tireóide. Geralmente causa hipertiroidismo e também aumento da glândula, do qual é a causa mais comum. Os sinais e sintomas do hipertiroidismo podem incluir irritabilidade, fraqueza muscular, problemas de sono, ritmo cardíaco acelerado, pouca tolerância ao calor, diarreia e perda de peso. Entre outros sintomas estão o espessamento da pele nas pernas (região das canelas), uma condição denominada mixedema prétibial, e protuberância dos olhos, uma condição denominada oftalmopatia de Graves ou exoftalmia. Entre 25 a 80% das pessoas com a doença de Graves desenvolvem problemas oftálmicos.

A causa exata não é clara. O mecanismo da doença tem origem num anticorpo denominado anti-receptor de TSH (TRAb), cujo efeito faz com que a tireóide produza hormônios da tireóide em excesso. O diagnóstico pode ser suspeitado com base nos sintomas e confirmado com análises ao sangue. Geralmente, na presença da doença os resultados revelam valores acima do normal de T3 e T4, valor baixo de TSH, aumento da concentração de radioiodo em todas as áreas da tireóide e a presença de TRAb em níveis elevados.

Existem três principais opções de tratamento: radioiodoterapia, medicamentos e cirurgia. A radioiodoterapia consiste na ingestão por via oral de iodo-131, que se concentra na tireóide e a vai destruindo ao longo de semanas ou meses. O hipotireoidismo que daí resulta é tratado com a administração de hormônios tiroidianos (levotiroxina sódica). Os medicamentos como os betabloqueadores podem controlar os sintomas, enquanto as medicações antitireoidianas, como o metimazol permitem aliviar os sintomas enquanto outros tratamentos não fazem efeito.

Bócio

Continuando nossos posts sobre as doenças da tireóide, vamos falar um pouco sobre os bócios.

Bócio é definido como um aumento da glândula tireóide. Este aumento pode ser devido à nódulos, doenças inflamatórias (tireoidites) ou aumento difusos da glândula.

A frequência de bócio multinodular chega a 30% da população mundial. Em 1990, mais de 650 milhões de pessoas no planeta eram afetadas por bócio, principalmente devido à carência de iodo em algumas regiões centrais da África e da China. No Brasil, em 1955, 20,7% das crianças em idade escolar apresentavam bócio endêmico. Este número caiu para 14,1% em 1974 devido às medidas de acréscimo de iodo ao sal de cozinha.

Ainda assim, é bastante frequente o bócio em nosso meio, e a maioria dos casos é considerada para tratamento cirúrgico. Principalmente os bócios volumosos, que causam sintomas chamados de compressivos, gerando em alguns casos, dificuldades para deglutir e até respirar adequadamente.

Nesses casos o profissional habilitado para tal é o cirurgião de cabeça e pescoço.

Radioiodoterapia para câncer de tireóide – Parte 2

Apesar da eficácia no auxílio do tratamento do câncer de tireóide bem diferenciado, o tratamento com radioiodoterapia não é isento de riscos. Existem relatos de diversos sintomas após o tratamento.

Os efeitos colaterais a curto prazo podem incluir:

– Sensibilidade no pescoço;

– Náuseas e vômitos;

– Inchaço e sensibilidade nas glândulas salivares;

– Boca seca;

– Alterações no paladar.

O corpo emitirá radiação por algum tempo assim que iniciar a radioiodoterapia. Dependendo da dose de iodo radioativo administrada, pode ser necessária a internação (isolamento) do paciente, geralmente em um quarto especial para impedir que outras pessoas sejam expostas à radiação. Alguns pacientes podem não necessitar de internação hospitalar. Ao receber alta após o tratamento, o paciente receberá instruções sobre como evitar que outras pessoas sejam expostas à radiação e por quanto tempo essas precauções devem ser tomadas. Essas instruções podem variar um pouco de um hospital para outro. Certifique-se de entende-las antes de ir para casa e se persistirem dúvidas pergunte a sua equipe médica.

Mascar chiclete ou chupar balas duras podem ajudar com problemas nas glândulas salivares. O tratamento com iodo radioativo também reduz a formação de lágrimas em alguns pacientes, secando os olhos. Se usar lentes de contato, pergunte ao seu médico quanto tempo você deve evitar seu uso.

Os homens que recebem grandes doses totais em função de muitos tratamentos com iodo radioativo podem ter uma diminuição da produção de esperma ou, raramente, tornam-se inférteis. O iodo radioativo também pode afetar os ovários da mulher, e algumas mulheres podem ter menstruações irregulares por até um ano após o tratamento. Muitos médicos recomendam que as mulheres evitem engravidar no período de 6 meses a um ano após o tratamento. Não foram observados efeitos adversos em crianças nascidas de pais que receberam iodo radioativo no passado.

Tanto os homens como as mulheres que fizeram radioiodoterapia podem ter um risco ligeiramente aumentado de desenvolver leucemia no futuro. Os médicos discordam sobre exatamente de quanto este risco é aumentado, mas a maioria dos estudos mostraram que esta é uma complicação extremamente rara. Algumas pesquisas até sugerem que o risco de leucemia não pode ser significativamente aumentado.

Converse com seu médico se você tiver qualquer dúvida sobre os possíveis riscos e benefícios do tratamento.

 

Clique aqui e confira a primeira parte do texto sobre Radioiodoterapia.

Fonte: American Cancer Society