O que é Ducto Tireoglosso e para que serve?
O Ducto Tireoglosso é uma estrutura que forma a conexão entre a área onde é desenvolvida a glândula tireoide e sua posição final, ainda no período embrionário.
Durante o desenvolvimento do embrião, a tireoide é formada na base da língua e a medida em que o feto se desenvolve, a glândula vai se deslocar através desse duto para o local onde conhecemos, na parte da frente do nosso pescoço.
O Ducto Tireoglosso pode causar complicações?
Depois que a glândula tireoide está completamente formada e em sua posição final, a tendência é que o Ducto Tireoglosso atrofie e desapareça, porém existem casos em que o ducto persiste e gerar o acúmulo de células ou secreções, que dão origem ao chamado Cisto Tireoglosso.
Embora não se ouça falar muito em Cisto Tireoglosso, é considerado o tipo de cisto cervical congênito mais comum, correspondendo a 70% das anomalias na região. Pode até causar preocupações quando detectado, mas na maioria dos casos o cisto é benigno e não oferece riscos. Muitas vezes se manifesta perto dos 5 anos de idade, mas não é um regra, pois pode se aparecer em qualquer idade.
Quais são os sintomas?
Um dos principais sintomas é a presença de um “caroço” no pescoço, logo abaixo da língua. Geralmente é macio e não causa dor, mas pelo fato de o ducto tireoglosso ter relação com a língua e com a faringe, pode infeccionar, causando vermelhidão e dor na região, que pode vir acompanhada também de dificuldade para respirar ou para engolir, principalmente se o cisto aumentar muito de tamanho.
O diagnóstico é basicamente clínico devido a presença do caroço palpável na região do pescoço, tanto em crianças, quanto em adultos. Exames como ultrassom e cintilografia ajudam a complementar o diagnóstico, especificando do que se trata exatamente esse caroço, além de verificar se está tudo em ordem em relação a tireóide.
O tratamento é feito através de uma cirurgia para remover o cisto e o ducto tireoglosso persistente. A técnica utilizada é chamada de Sistrunk, que retira também a porção média do osso hióide, localizado no pescoço, para garantir a remoção completa desse ducto persistente. Essa técnica reduz as taxas de recidiva para aproximadamente 5%.
Por ser congênito, não há uma forma de prevenção. A observação dos sintomas é fundamental e estar atento às alterações físicas ajuda no diagnóstico precoce e tratamento.
Ao perceber alterações, busque por um médico especialista.
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