Assim que temos o diagnóstico de câncer de tireóide ou carcinoma de tireóide após a punção, deve ser tomada a conduta em relação ao tratamento.
O câncer de tireóide deve ser tratado SEMPRE com cirurgia.
Radioterapia, quimioterapia ou radioiodoterapia não são indicados como tratamento principal em neoplasias tireoidianas.
Durante décadas, o tratamento padrão foi e continua sendo, para a grande maioria dos casos, a tireoidectomia total (remoção total da glândula) seguido de Radioiodoterapia. Entretanto, com o passar dos anos, evidências científicas sugeriram que o tratamento poderia ser “reduzido” sem prejudicar o paciente em relação a possibilidade de cura.
Atualmente, principalmente em casos de carcinomas bem diferenciados de tireóide, localizados, pequenos, e em pacientes mais jovens, a lobectomia ou ressecção parcial da tireóide, quando bem indicada, traz os mesmos resultados oncológicos que a tireoidectomia total. As vantagens de uma cirurgia parcial de tireóide seriam as menores taxas de complicação, principalmente relacionadas a rouquidão e hipoparatireoidismo (baixa no cálcio do sangue), além da possibilidade do paciente não precisar realizar reposição de hormônio tireoidiano.
Esta modalidade de tratamento inclusive já é padronizada conforme as recomendações da ATA (American Thyroid Association), que normalmente regem as condutas médicas relacionadas a doenças da tireóide.
Importante sempre fazer uma avaliação médica individualizada, conversando sempre com o médico antes da cirurgia, e se informar sobre todas as possibilidades terapêuticas, decidindo seu tratamento em conjunto com o cirurgião.
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