Todo caso de câncer de tireoide precisa de radioiodoterapia após a cirurgia?
O tratamento mais recomendado para o câncer de tireoide é a CIRURGIA. Quando o câncer é descoberto em fases mais iniciais, as chances de cura podem chegar a cerca de 98%. Em algumas situações pode ser necessária a realização de radioiodoterapia. Mas, independentemente do sucesso do tratamento, os pacientes sempre possuem dúvidas de como a radioiodoterapia funciona.
Para tirar as suas dúvidas de como é diagnosticado o câncer de tireóide e se é necessária radioiodoterapia em todos os casos após a cirurgia, preparamos este artigo.
Diagnóstico de câncer de tireoide
Como o diagnóstico precoce é fundamental, vamos primeiro falar sobre os sintomas de câncer de tireoide e como diagnosticá-lo.
Pacientes que percebem a presença de nódulos ou ínguas na região do pescoço, dor na frente da garganta, dificuldade para engolir, alterações de voz repentinamente, tosse constante sem associação com gripes ou resfriados, devem procurar um médico especialista.
Além disso, são considerados pacientes com alto risco de desenvolver o câncer aqueles que possuem casos de câncer de tireoide na família ou que estão expostas à radiação, sugerimos fazer exames de ultrassom periódicos.
A confirmação do diagnóstico de câncer na tireoide é feita através da punção aspirativa por agulha fina. Este procedimento permite a coleta de células diretamente do nódulo e a posterior análise destas células no microscópio.
Câncer de tireoide precisa de radioiodoterapia?
Como falamos acima, o câncer de tireoide tem cura, e para isso é fundamental que não apenas o diagnóstico seja na fase inicial da doença, mas também seguir todas as orientações de tratamento que o médico passar.
A primeira medida será a realização da tireoidectomia, que é a remoção parcial ou total da tireoide. Isso é feito para remover todas as células malignas e diminuir as chances de volta da doença.
De acordo com diversas características, como idade do paciente, sinais de agressividade do tumor removido, tamanho do tumor, presença ou não de metástases no pescoço, é que indicamos ou não a radioiodoterapia. Lembrando que na maioria dos casos de tumores pequenos, em pacientes jovens, a radioiodoterapia não se faz necessária.
Cerca de 30 dias após a cirurgia, com o paciente em estado de hipotireoidismo é que o tratamento de radioiodoterapia pode ser iniciado. Além disso, o paciente também deverá evitar o consumo de qualquer alimento que contenha iodo.
Durante a radioiodoterapia o paciente deverá permanecer internado. Isso porque ele irá ingerir uma dose de iodo radioativo e essa radiação será eliminada através da urina, fezes e até mesmo da pele. Com a internação o paciente não correrá o risco de contaminar outras pessoas ou o ambiente.
A boa notícia é que além de ter poucos efeitos colaterais, em geral, eles não comprometem a qualidade de vida do paciente. Dentre esses efeitos podemos citar a inflamação das glândulas salivares e algumas alterações no paladar.
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