Cirurgia Robótica Transoral ou TORS, do inglês Transoral Robotic Surgery, é o nome dado à cirurgia realizada com o uso de um robô cirúrgico para remover tumores da boca ou da garganta.
Como assim? Cirurgia através de um robô?!
Isso mesmo! Na cirurgia robótica transoral, o cirurgião continua sendo o protagonista do procedimento, porém, em vez de usar as próprias mãos diretamente, ele utiliza os braços do robô, estrategicamente posicionados dentro da boca do paciente.
Como acontece a cirurgia Robótica transoral?
O cirurgião senta num console similar ao de um jogo eletrônico e controla os braços do robô enquanto um assistente fica ao lado do paciente, para ajudar sempre que seja necessário.
A principal vantagem é permitir que o cirurgião acesse, através da boca, áreas que suas mãos e sua visão direta provavelmente não poderiam alcançar, evitando que cortes cirúrgicos mais extensos e agressivos sejam feitos.
A transoral possibilita o alcance de regiões da cabeça e pescoço que, de outra forma, poderiam exigir operações de maior porte, com riscos e sequelas pós-operatórias também maiores. No entanto, essa técnica minimamente invasiva, como ela é chamada, só deve ser feita por profissionais treinados e nos casos de tumores que podem ser completamente removidos.
A TORS é opção para que tratamentos?
A cirurgia transoral se destina à remoção de tumores de áreas da garganta que são de difícil acesso, incluindo a base da língua, amígdalas e região supraglótica (parte mais superior da laringe). Estas áreas, juntamente com outras partes da orofaringe (palato mole, parede posterior da orofaringe), são os principais locais em que utilizamos a TORS.
Quando há possibilidade de realizarmos a transoral, sempre optamos por este método por ser menos invasivo.
Há casos em que a cirurgia tradicional ainda é necessária para obtermos uma melhor exposição da orofaringe.
Especialmente quando há tumores recorrentes ou extremamente grandes que envolvem várias partes da boca e garganta e requerem reconstrução imediata.
Cada caso deve ser avaliado por um cirurgião de cabeça e pescoço junto ao paciente. Assim, é possível realizar uma oncologia personalizada, visando o melhor prognóstico!
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