Cirurgia de câncer de garganta

Quais as cirurgias para câncer de garganta?

O que determina quais os tipos ideais de cirurgias para câncer de garganta são o estadiamento e a localização da doença, se está na laringe, hipofaringe, por exemplo.

Os principais tipos de cirurgias para câncer de garganta são:

  • Cirurgia Endoscópica. Neste procedimento, utilizamos o endoscópio, que é um tubo longo com uma luz e câmara na extremidade, e é inserido pela garganta até o tumor. Isso pode ser feito para diagnóstico ou tratamento de alguns tumores de laringe em fase inicial. Lasers também podem ser usados através do endoscópio para vaporizar ou cortar o tumor.
  •  Cordectomia. Na cordectomia, o cirurgião retira toda a região ou parte das cordas vocais. Esta técnica pode ser usada para tratar tumores glóticos pequenos ou superficiais. O efeito deste procedimento na fala depende do quanto foi removido das cordas vocais. Se ambas as cordas vocais forem removidas, a fala não será mais possível.
  • Laringectomia. A laringectomia é a remoção de parte ou totalidade da laringe (caixa de voz). E pode ser realizada pelo método convencional, aberto; ou por cirurgia robótica, com menos tempo de internação, reabilitação mais rápida, menos sangramentos. Cirurgia bem mais simples, minimamente invasiva e com menor duração do que na convencional.

Tipos de cirurgia de laringe 



1. 
Laringectomia Parcial. Os tumores menores da laringe, muitas vezes podem ser tratados com a remoção de apenas uma parte da caixa de voz. Existem diversos tipos de laringectomias parciais, mas todos têm o mesmo objetivo: a remoção de todo o tumor, de modo a deixar o máximo possível de laringe sadia. Este procedimento pode ser usado para tratar alguns tumores supraglóticos e permite que o paciente mantenha a fala. 2. Laringectomia Total. Neste procedimento, a laringe inteira é removida. A traqueia é levada para cima, com um orifício para respirar, conhecido como traqueostomia. Uma vez que a laringe inteira é removida, a fala normal não é mais possível, mas as pessoas podem aprender outras formas de comunicação. A conexão entre a garganta e o esôfago geralmente não é afetada, e o paciente pode ingerir os alimentos e líquidos normalmente, após a cicatrização.  

3. Faringectomia Total ou Parcial. Faringectomia é a remoção da totalidade ou parte da faringe, geralmente usada para tratar o câncer de hipofaringe. Muitas vezes, a laringe é removida junto com a hipofaringe. Após a cirurgia, pode ser necessário um outro procedimento cirúrgico para o paciente melhorar a sua capacidade para engolir.

Retirada dos Gânglios Linfáticos

Se o cirurgião desconfiar da disseminação da doença para os gânglios linfáticos do pescoço, é feita a remoção desses linfonodos e outros tecidos adjacentes. Este procedimento é denominado esvaziamento cervical, e é realizado junto à remoção do tumor principal.

O esvaziamento cervical pode ser radical ou seletivo. Eles diferem na quantidade de tecido removido, que depende do tamanho e extensão da doença. 

No esvaziamento radical são removidos os nervos e músculos responsáveis pelos movimentos da cabeça e ombros, juntamente com os gânglios linfáticos. Isto pode ser necessário, para se ter certeza de que todos os linfonodos susceptíveis de conter a doença foram removidos. Tenta-se remover o menos possível do tecido sadio, a fim de manter o funcionamento normal dos ombros e do pescoço.

Tireoidectomia: uma das principais cirurgias de câncer de garganta 

Quando o tumor se dissemina para a tireoide, parte ou toda a glândula deve ser removida. A tireoide está localizada na parte anterior do pescoço e envolve os lados da traqueia. A tireoide produz os hormônios que controlam o metabolismo e, como o corpo, utiliza o cálcio. 

Se toda a glândula é removida, o organismo não produzirá mais o hormônio necessário. Neste caso, o paciente deverá tomar o hormônio da tireoide (levotiroxina) para substituir a perda do hormônio natural.

Possíveis Riscos e Efeitos Colaterais

Todas as cirurgias apresentam alguns riscos, incluindo formação de coágulos sanguíneos, infecções, complicações devido a anestesia, pneumonia. Estes riscos são geralmente baixos, mas podem ser maiores em cirurgias complexas.

A laringectomia e a faringectomia podem afetar a fala normal e a deglutição, há ainda pacientes que irão precisar de uma traqueostomia após a cirurgia.

Mas cada paciente é único e cada caso deve ser conversado detalhadamente entre o paciente e o especialista em Cabeça e Pescoço, que saberá orientar e indicar o melhor a ser feito. Tem mais informações sobre cirurgias e saúde em Cabeça e Pescoço neste Blog. Leia e, em caso de dúvidas, procure sempre um médico da área.

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